1920

Em algum lugar, perdido por aí
Não sei até aonde conseguir ir
E pelo o que nunca aconteceu
Espero pelo momento que você cedeu

Meus olhos arderam ao ver o dia
Morto de saudade você não imagina
No bonde mais lotado da capital
Lendo o capital no meu modo carnal

As praças e donzelas passando por lá
Alguma música que o pássaro vai cantarolar
Reflito em jornais e folhas passando com o tempo
Questiono a cidade e seus lindos monumentos

Vivo no Brasil da alegria
Carnaval qualquer me contagia
Vivo de sambar e de cantarolar
Bom mesmo seria se eu soubesse amar

Maço de Marlboro exalando a noite fria
Um frio da madrugada e um: Eu te amo, querida
Componho em linhas tortas como estradas
Escrevendo como Deus a vida dançando valsa

Whisky e eu me sirvo
Ofereço a dama um vinho
Quero viver no teus braços
Quero ser mais que teu vizinho

Quero que a noite caia
E eu durma no teus braços
E uma bela chuva venha
E andamos na cidade
De pés descalços