Amiga João
Zolá Duarte
Amiga de sempre
Da infância, da escola
Do judô, de jogar bola
Das brincadeiras infantis
Amiga de sempre
Da fase adolescente
Dos gestos diferentes
De outros amigos juvenis
Vítima de preconceito s
Se transformou
E chorou com razão
Te obrigavam a ser João
Não respondia
Não fazia mal a ninguém
Mas não tem como entender
E nem dizer tá tudo bem
Não abaixe a cabeça João
Não, não sofre calada João
Não, não tenha vergonha
De ser quem é
É, o último perfeito morreu
Foi, foi crucificado, entendeu
Vai e seja você mesma João
Como quiser. Como quiser
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