La Mestra

Dos per dos són quatre
Quatre I dos són sis
Escola reglada I frustrada
No parles ni jugues si no tens permís
La creu, la sotana I la vara
Conjuguem presents imperfectes
Li restem la X al futur
Castrem a les feres als centres
Força de treball del segle XXI
Hem planificat les conductes
No deixem ja marge per la creació
Dibuixem futurs plens de dubtes
Ni somnis, ni jocs, ni improvisació
Infàncies al contenidor
10 hores al dia, un temps que era or
Esclaus d'un estat opressor
Perdona a tu pueblo señor!!!

Mare mare, que jo no vull tornar
A resar I a callar quan ells manen
Pare pare, jo volia somiar
I volar, I allà ens tallen les ales

Contrabandista de verbs clandestins
Escampant el verí
Per pobles vius I senders infinits
Quin gust sentir-la parlar
Si del carrer I el corral és l'ama
I ara hi ha un poble que brama
En un idioma proscrit

En eixe context, arriba una mestra
Rebel, decidida, valenta
La infància en disputa es conquesta
El dictador mor… Es comenta
Tenebres s'emporte el difunt
Canviem els costums mort a l'obediència
Trenquem el rosari, cremem els apunts
Davant el futur la innocència
Arriba l'expedient disciplinari
Volem que memoritzen l'oració I l'abecedari
Horaris estrictes, I un pati ben delimitat
Centre penitenciari de cristians
Vinguen l'alcalde, la guàrdia, inspectors
A defende l'absurd, a donar-li lliçons
No van poder, mai no podrán
D'aquella mestra hui som alumnat aventatjat

Mare mare, que jo no vull tornar
A resar I a callar quan ells manen
Pare pare, jo volia somiar
I volar, I allà ens tallen les ales

Contrabandista del verbs clandestins
Escampant el verí
Pobles vius, I senders infinits
Quin gust sentir-la parlar
Si del carrer I el corral és l'ama
I ara hi ha un poble que brama
En un idioma proscrit

A professora

Dois por dois é quatro
Quatro e dois são seis
Escola regulamentada e frustrada
Você não fala nem brinca se não tem permissão
A cruz, a batina e a vara
Conjugamos presentes imperfeitos
Subtraímos o X do futuro
Castramos os animais nos centros
Força de trabalho do século XXI
Planejamos os comportamentos
Não deixamos mais espaço para a criação
Desenhamos futuros cheios de dúvidas
Sem sonhos, sem jogos, sem improvisação
Crianças no recipiente
10 horas por dia, um tempo que era ouro
Escravos de um estado opressivo
Perdoe o seu povo, senhor !!!

Mãe mãe, eu não quero voltar
Orar E ficar calado quando eles ordenam
Pai pai, eu queria sonhar
E voam, e lá eles cortam nossas asas

Contrabandista de verbos clandestinos
Espalhando o veneno
Para aldeias vivas e caminhos sem fim
Que prazer ouvi-la falar
Se da rua eu o curral é a amante
E agora há um povo rugindo
Em um idioma fora da lei

Nesse contexto, um professor chega
Rebelde, determinado, corajoso
Infância em disputa é conquistada
O ditador morre ... É comentado
Escuridão tira o falecido
Transformamos hábitos mortos em obediência
Quebramos o rosário, queimamos as notas
Em face da inocência futura
Chega o arquivo disciplinar
Queremos que eles memorizem a frase e o alfabeto
Horários rigorosos e um pátio bem definido
Centro Penitenciário Cristão
Venha o prefeito, a guarda, inspetores
Defender o absurdo, dar-lhe lições
Eles não podiam, eles nunca podiam
Daquele professor hoje somos estudantes favorecidos

Mãe mãe, eu não quero voltar
Orar E ficar calado quando eles ordenam
Pai pai, eu queria sonhar
E voam, e lá eles cortam nossas asas

Contrabandista de verbos clandestinos
Espalhando o veneno
Povos vivos e caminhos infinitos
Que prazer ouvi-la falar
Se da rua eu o curral é a amante
E agora há um povo rugindo
Em um idioma fora da lei

Composição: