Vull

Vull que les canes que pentine parlen
Quantes històries guarda este cabet
Guarda secrets, crida el xiquet
Quan sent que, per fi, puc trobar-me
Que el veu prop de mi, vull trobar-te
Vull donar-te el que vols
Ansietat, frustracions, desterrar-les
Vull que m'entres endins, sense por
Sense por, sense atendre a raons
Fins que agafen les notes colors
Sense ordre, insurrectes
La sintesi perfecta, cançons
Cançons I cançons, amb lletres reals
Honestes, sinceres, egòlatres, rares
Donant via lliure al instint animal
Mirant com ens brillen les cares

I que brolle la ràbia d'un crit ancestral
I que fem de la por una dansa tribal
I que perguen I paguen amb sang esta fam
Que no tot en la vida és faena, que morir és no viure lluitant

Vull deixar de alienar-me amb la merda, omplir-me de ràbia I desig
Vull sentir-me d'on soc D'una terra, que m'importa prou més que un pais
Vull guanyar-los ja, ara I per sempre I que mama no plore, no s'ho mereix
El concepte és molt fàcil: Si ha de plorar algú que ploren ells!!
Imprimir caràcter I ritme, pessa més el cul que la moral
El orgull que pica, que ofega, moltes vergonyes per amagar
Vull que arribe algo, el que siga, però sé que si no em moc mal
Senc que igual això mai arriba, I hi ha algo m'espitja a abandonar
Vull gaudir de tot, sense mida, sense resistències ni frens
Se que eixa baralla és la vida, sempre que tingues un plat calent
Vull la veritat, la certessa, el sentit, que la gent es crega que pot!!!
Perdre la por, matar la culpa, amic, no demanem res, ho volem tot!!!

Sí, quiero que suene sincero, cortarle los hilos al titiritero ya!!
Quiero al poema sin amos, que crezca en las manos de algún alfarero
Sí, caigan las frutas del cesto, muera el traidor que dispara a los nuestros
Suene en la calle el clamor, sienta el tirano angustia y dolor

Qui serà el valent que li ho conte als nostres fills?
Quants podran mirar-se algun dia al espill?
Qui pot assumir-ho que no és tan senzill, però
Hem de seguir, hem de seguir

eu quero

Eu quero os pentes que penteiam
Quantas histórias tem este cabete?
Mantenha segredos, ligue para o garoto
Quando sinto que finalmente posso me encontrar
Vendo ele perto de mim, eu quero te encontrar
Eu quero te dar o que você quer
Ansiedade, frustrações, bani-los
Eu quero que você entre dentro de mim, sem medo
Sem medo, sem considerar as razões
Até que tomem as notas coloridas
Sem ordem, insurgentes
A síntese perfeita, músicas
Músicas e músicas, com letras reais
Honesto, sincero, egoísta, estranho
Dar rédea livre ao instinto animal
Observando como nossos rostos brilham

E deixe a raiva de um grito ancestral irromper
E que fazemos do medo uma dança tribal
E que eles perdem E paguem com sangue essa fome
Que nem tudo na vida é trabalho, que morrer não é viver lutando

Eu quero parar de me alienar com merda, me enchendo de raiva e desejo
Quero sentir onde estou De uma terra que importa mais para mim do que um país
Quero vencê-los agora, agora E para sempre E essa mãe não chora, ela não merece
O conceito é muito fácil: se alguém tem que chorar, ele chora !!
Caráter e ritmo de impressão, pesam mais do que moral
Comichão orgulhosa, afogamento, muitas vergonhas a esconder
Quero que algo aconteça, seja o que for, mas sei que se não me mover mal
Eu sinto que isso nunca vem, e há algo ardendo em eu sair
Quero aproveitar tudo, sem tamanho, sem resistência ou freios
Eu sei que luta é vida, desde que você tenha um prato quente
Quero a verdade, a certeza, o significado, que as pessoas pensam que podem !!!
Perder o medo, matar a culpa, amigo, não pedimos nada, queremos tudo !!!

Sim, quero que pareça sincero, corte os fios para o titereiro já !!
Eu quero que o poema sem mestre cresça nas mãos de um oleiro
Sim, que caiam os frutos da cesta, que morra o traidor que atira nos nossos.
O grito é ouvido na rua, o tirano sente angústia e dor

Quem será o corajoso a contar aos nossos filhos?
Quantos serão capazes de se olhar no espelho um dia?
Quem pode assumir que não é tão simples assim?
Temos que continuar, precisamos continuar

Composição: