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NCLD Cypher Ep. 3 - Bastardos Inglórios

16 Beats MC

Abednego na cova de fogo
Abre pros nego as porta de ouro
Ouro placa, malote, destaque, pague
Prós nego e pro povo
Reencarnação farroupilha
Minha alma é malê negra erudita
Poesia de betume
Negrume, grime tipo slime
Aperte um fino, fume, dê um tempo
Selvador, fauna flora, 50s e nove noves
Dialetos urbanos, vivências em timelines
Sorrisos no insta, strip no Snapchat
Na rede eles estão on, mas na vida tão offline
Deus, me perdoe como piada
Perdoe como piada
Deus, perdoe como piada

A 120 na pista, arriscada, na lista dos mais loucos
Eu tô pouco me fodendo e eu tô muito me fodendo
Olhe minha ocorrência e faça sua análise
Meu verso é furação, então me chame de catástrofe
Destravei o pino da granada vendo meus irmãos se explodir lá no pino das biqueiras
Chapado de álcool e paracetamol, sem paz vendo os mãos se matarem nas trincheiras
As ruas sim tem o olho que tudo vê, do lado dela faz o hórus parecer caolho
Muitos querem olhar a roupa que eu visto, mas não tem coragem de olhar na bola do meu olho
Vim pra ser mais um bruxo e não vou morrer nessa sua inquisição
Poder ao povo preto, poder a todo gueto, poder e acordo cedo pra provar que sou função
Então respeita a porra toda, aqui é os porra loca, corra, porra, morra de raiva
Minha arma é o improviso, olhe na minha cara e diga que eu sou o macgyver
MC's playground faz o rap de playground, me chame de sem teto pois sou a essência da rua
Rimando em trap eu sou o raffa moreira, enquanto muitos pela saco tão no mundo dalua!

Tô nesse ringue das antiga viu, ladrão?
Trocando vários murros antes que eu morra
Bati umas luva com dona depressão
Na moral, ela apanhou pá porra
Tô no corre porra, o assunto é dinheiro e dinheiro é o assunto
Tô na pista mais do que schumacher, hamilton, rubinho barrichello e ayrton senna junto
Logo eu, índio vagabundo sangue guarani
Ponto 40 minha flecha, vou destruir
Cara pálida matou pá usufruir
Leia o massacre do paralelo 11
Eles vendem na mídia a desgraça dos pretos
Querem trazer dor para a mãe dos pretos
O tesão do sistema é matar jovem preto
Kaizen vei, os gambé da viatura são tudo preto
Resistência, vila Moisés vive
Ângela davis vive, menino joel vive
Contradição hoje morre
Resistência
Zeferina vive, João cândido vive
Gangazumba também vive
Tiro de 12 nos comédia, depois dessa eles morre, porra
Foda-se a lírica que vocês tanto falam, minha cor continua indo para a vala

Soteropolipânico! Voo panorâmico! Mil não encosta na grade!
E esse jogo me excita bem mais do que um pai assistiu masterchef kids!
Somos a nova sodoma, salvador é refrigerante que borbulha corrosiva pra lacaio
Meus amigos são filhos de zeus: Dogma, fúria, narinas e raios!
Sou o mago, pânico no lago! Fogo na baga e o dedo na xota
Vômito no carro, química no barro, e se essa porra choca, você pode ouvir projota
Cara, saca seu engano
Eu não sou seu mano e hannibal não é vegano
Vi que a cena quer fuder comigo, eu vi o plano
Querem me barrar tipo Trump com muçulmano (mas eu vi)
Suprema corte do face, agora crianças dizem o que é ouro (ouro)
Julgam por seus interesses, cês tão brincando de ser sério moro (moro)
Pecado é perder de vista cada demônio que aqui te rodeia (sou)
Da terra do Jorge amado, mas metade dessa porra me odeia

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