Gaston (2017)

Humor e crítica à vaidade em “Gaston (2017)” de A Bela e a Fera

A música “Gaston (2017)”, do filme A Bela e a Fera, usa o exagero cômico para criar uma caricatura do personagem Gaston, transformando suas supostas virtudes em exemplos de masculinidade e vaidade levados ao extremo. Trechos como “ninguém nessa aldeia é tão respeitado” e “o rei desses meros mortais” mostram como a canção satiriza a idolatria coletiva, deixando claro que o respeito por Gaston é superficial, baseado apenas em sua aparência e força física. O humor fica ainda mais evidente quando a letra destaca feitos absurdos, como “ninguém cospe a distância melhor que o Gaston” ou o consumo exagerado de ovos para justificar seu porte físico, reforçando o tom leve e irônico da música.

No contexto do filme de 2017, com versos adicionais de Howard Ashman, a crítica à superficialidade e ao narcisismo de Gaston é aprofundada. A canção não só exalta suas qualidades de forma hiperbólica, mas também mostra como ele manipula e influencia os aldeões, refletindo dinâmicas de poder e a facilidade com que a sociedade pode ser seduzida por carisma e aparências. O momento em que Lefou admite “eu nunca percebi que eu sou analfabeto” ao tentar soletrar o nome de Gaston adiciona humor autodepreciativo, mostrando que a devoção ao personagem é tão exagerada quanto infundada. Assim, “Gaston (2017)” diverte ao mesmo tempo em que faz uma crítica bem-humorada à valorização de atributos superficiais.