exibições de letras 1.492

Até Quando

A286

Letra

    Moysés:
    Vida sofrida, humilhante
    O gueto jorra sangue
    É revoltante, a lágrima do rosto em desmanche
    Na hora que acende ora, grita, implora, chora
    Agora ora pede a volta do filho que foi embora
    Dor da morte, não há quem suporte o baque é forte
    E tem engatilhada na cara e conta com a sorte
    Já vi muito truta meu cair, subir
    O sonho se destruir, sumir e a morte ri
    Voltar pra conferir na pura covardia
    Mostra a cara traíra, estiga pra ver se vira
    Dinheiro é maldição na vida do sofredor
    A inveja gera ostentação, o traidor
    Vai pensando que ta mel, vai se criando
    Sua hora ta chegando, vou acionar os cano
    Não, não deixa queto, o ferro é cemitério
    Ser justo é minha glória na vida aqui no inferno
    Até quando...

    Senhor, guie os nossos passos
    Queremos acreditar que pode haver a paz
    Mas no entanto, não a vemos por perto...
    E desse jeito não veremos jamais!

    Reinaldo:
    Recolhe os órgãos da criança vítima do fragmento
    Da bomba que pela paz divide corpo no meio
    Aqui a esperança não é a última que morre
    Na procedência o fuzil liberta a família da fome
    Até quando sonhar com a justiça
    Morrendo em silêncio.
    Não adianta vestir branco com os pensamentos preso
    Te querem parte da tropa armada
    Matando a sua mãe pela pátria
    Após 18 ano humilhado carregando fuzil de farda.
    Suicida graduado no táxi bomba objetivo
    Outro resumido em pedaço
    Pelo domínio do território inimigo
    Sangro, explorado verdadeiro dono da terra
    Que morre sem liberdade trocando pedra com tanque de guerra
    Enquanto o iraquiano perde a cabeça por teu petróleo
    Mano aqui é por sonhar com a casa própria, por logos
    Não tenta amar o próximo aonde a cultura é violência
    Que afeta, que não ressuscita corpo sem cabeça,
    Até quando. (Até quando, senhor?)

    Senhor, guie os nossos passos
    Queremos acreditar que pode haver a paz
    Mas no entanto, não a vemos por perto...
    E desse jeito não veremos jamais!

    Moysés:
    Tô vendo a crença da humanidade virar cinzas
    9mm na fé intriga, tira a sua vida
    Assendo o pavio, guerra civil é o tráfico
    São Paulo, Rio, o crime organizado é forjado
    PCC, Comando Vermelho é pesado pra lei
    Fernandinho Beiramar, a monarquia pra rei
    Legislativo, as cinco pra massacrar o pobre
    Na blitz tortura, cala a boca ou morre
    Fala de paz, prêmio Nobel num país que projeta o homem
    Pra guerra aos 18 com fome, a pátria consome
    Seu senso psicológico, crítico, intuitivo
    Se não for 100% no organismo pra junta é lixo
    Fantoche programado pro arregaço
    Cresço estornado nos interesses do ricaço
    (Qual o real intuito da guerra? Quando atua procura matar, mata, se mata e ensina a matar)
    Até quando (Até quando senhor?)

    Senhor, guie os nossos passos
    Queremos acreditar que pode haver a paz
    Mas no entanto, não a vemos por perto...
    E desse jeito não veremos jamais!

    Armas, guerras, pestes e fome
    A intenção do homem é matar mais e mais rápido
    A civilização iniciou-se nesse mundo a mais de 40 mil anos
    E até hoje o que se vê? Sofredor, sofredora
    Guerra, guerra e mais guerra...
    Até quando... até quando? (Até quando, senhor!?)


    Comentários

    Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

    0 / 500

    Faça parte  dessa comunidade 

    Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de A286 e vá além da letra da música.

    Conheça o Letras Academy

    Enviar para a central de dúvidas?

    Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

    Fixe este conteúdo com a aula:

    0 / 500

    Opções de seleção