El último guapo

O Último Bonitão

El último guapo

Com o funyi jogado sobre um olhoCon el funyi tirao sobre un ojo
e um passo de tango ao andar,y un amago de tango al andar,
sem pressa, de canto de olho,sin apuro, sobrando de reojo,
o último bonitão vai chegar no arrabal.el último guapo vendrá al arrabal.
Vai entrar pela ruazinha estreitaEntrará por la calle angostita
e ao passar em frente ao velho portãoy al pasar frente al viejo portón
vai assobiar pra que volte à reuniãosilbará pa' que vuelva a la cita
a garota que é dona do seu coração.la piba que es dueña de su corazón.

O lampião perdido,El farolito perdido,
o beco sem saídael callejón sin salida
e o cortiço floridoy el conventillo florido
vão sair do esquecimentosaldrán del olvido
de novo pra vida.de nuevo a la vida.
O armazém dos bêbados,El almacén de los curdas,
a lua sobre um punhal,la luna sobre un puñal,
um carinho e um beijouna caricia y un beso
serão o retornoserán el regreso
do velho arrabal.del viejo arrabal.

Com um fole que é puro resmungoCon un fueye que es puro rezongo
e duas violas puxando pro lado,y dos violas cinchando al costao,
mais uma vez, do antigo bailãootra vez, del antiguo bailongo
o último bonitão será o invejado.el último guapo será el envidiao.
Vai brincar com desprezo sua vidaJugará con desprecio su vida
pelo sol de um tecido floridopor el sol de un florido percal
e vai embora, sem levar uma ferida,y se irá, sin llevar ni una herida,
o último bonitão, do velho arrabal.el último guapo, del viejo arrabal.