1+1=0 (part. Tony Aguirre)

Rebeldia e humor ácido em “1+1=0 (part. Tony Aguirre)”

O título “1+1=0 (part. Tony Aguirre)” já indica o tom irônico da música, sugerindo que, para Abraham Vazquez e Tony Aguirre, seguir as fórmulas tradicionais da vida – como estudar e trabalhar – não garante sucesso ou realização. A letra expõe uma postura de rebeldia juvenil, onde as regras sociais e as expectativas de sucesso são tratadas com deboche e humor ácido. Isso aparece em versos como “Ya me regañaron en la escuela / Que no valgo verga” (“Já me repreenderam na escola / Que eu não valho nada”) e “Me corrieron hasta en el trabajo / Por llegar bien pedo” (“Me mandaram embora até do trabalho / Por chegar completamente bêbado”), mostrando que fracassar nos padrões convencionais é motivo de piada, não de vergonha.

O refrão “En el amor, reprobado / De la casa estoy vetado / Tengo la buena suerte / De valer pura verga” (“No amor, reprovado / Estou proibido em casa / Tenho a sorte de não valer nada”) reforça a autodepreciação bem-humorada, onde o fracasso é encarado com leveza. A música retrata uma juventude que desafia as normas e prefere viver de forma despreocupada, como quando cita ser assaltado por um amigo ou escolher “fumar María” em vez de se preocupar com a vida. A crítica ao sistema educacional aparece em “No enseñan la materia / De como hacer dinero / Quieren que sea un empleado / Y nel, o voy a ser verdadero” (“Não ensinam a matéria / De como ganhar dinheiro / Querem que eu seja um empregado / E não, eu vou ser verdadeiro”), reforçando a ideia de que viver de forma autêntica, mesmo que irresponsável, é mais valioso do que se encaixar nas expectativas dos outros. Com humor e irreverência, a música questiona o valor das normas sociais e celebra a liberdade de ser quem se é.