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O Agricultor

Adail e Adalberto

No braço dessa viola eu vou falar do passado
Nasci em casa barreada lá no meio do roçado
Já fui caboclo do mato já andei de pé no chão
Fiz lavoura de café com meu pai e meus irmãos
Sou quem na roça sofreu sabe tudo igual a eu pra falar do meu sertão

O cantar dos passarinhos enfeita a natureza
A chuva cai sobre a mata eles cantam sem tristeza
Nosso sertão é tão lindo é coberto de beleza
A noite o gado se junta a Lua que toma conta
O galo canto cedinho caboclo pega o caminho na hora que o Sol aponta

Mas o caboclo da roça veio morar na cidade
Trouxe os filhos pra estudar e ir para a faculdade
Sem apoio na lavoura ele teve que parar
Hoje a cidade tá cheia não tem mais onde morar
Vive todo amontoado muitos já desempregados e não podem mais voltar

Os jovens todos estudando logo irão se formar
Depois de tudo formados não tem onde trabalhar
O nosso homem do campo um dia vai acabar
O sertão abandonado dali vocês vão lembrar
O nosso Brasil crescendo todo esse povo comendo sem ter ninguém pra plantar


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