
Triste Berrante
Adauto Santos
Memória e saudade no campo em “Triste Berrante”
A música “Triste Berrante”, de Adauto Santos, retrata com sensibilidade o impacto do progresso sobre as tradições do interior brasileiro, especialmente a figura do boiadeiro e o som do berrante, que antes marcavam a rotina das estradas rurais. No trecho “O progresso cobriu a poeira da estrada / E esse tudo que é o meu nada / Hoje tenho que acatar / E chorar”, fica clara a dor e a resignação do narrador diante da modernização, que transforma o que era essencial em simples lembrança. O berrante, além de instrumento de trabalho, representa um modo de vida que está desaparecendo, tornando-se símbolo de saudade e da identidade rural.
A letra é marcada por uma forte nostalgia, reforçada pela imagem do narrador à beira da estrada, observando a boiada passar e ouvindo o berrante ao longe, como se revivesse um tempo que não volta mais. A frase “Mas sempre foi assim e sempre será / O novo vem e o velho tem que parar” resume a aceitação melancólica da passagem do tempo e das mudanças inevitáveis. Mesmo com a chegada do progresso, o personagem ainda “enxerga” a boiada passar, mostrando que as lembranças e emoções ligadas à tradição persistem, apesar da realidade transformada. Assim, a canção funciona como um lamento pela perda dos costumes antigos e, ao mesmo tempo, como um tributo à memória afetiva do campo brasileiro.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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