I Drink Wine

Reflexões sobre identidade e superação em “I Drink Wine”

Em “I Drink Wine”, Adele faz uma autocrítica profunda ao abordar o fim de seu casamento com Simon Konecki e a pressão de corresponder a expectativas externas e internas. No verso “How can one become so bounded by choices that somebody else makes?” (Como alguém pode ficar tão preso a escolhas que outra pessoa faz?), ela expressa o sentimento de estar aprisionada por decisões alheias, refletindo sobre a dificuldade de manter sua identidade diante das exigências do parceiro e do mundo ao redor.

Adele também utiliza referências à infância para mostrar a perda da espontaneidade: “When I was a child every single thing could blow my mind / Soaking it all up for fun, but now I only soak up wine” (Quando eu era criança, tudo me surpreendia / Eu absorvia tudo por diversão, mas agora só absorvo vinho). O vinho surge como metáfora para a busca de alívio diante das frustrações da vida adulta, tema que ela discutiu abertamente com James Corden, cuja conversa inspirou a canção. A luta contra o ego e a necessidade de aprovação aparece em “Why am I seeking approval from people I don't even know?” (Por que estou buscando aprovação de pessoas que nem conheço?), conectando-se à pressão das redes sociais e da fama. O refrão “I hope I learn to get over myself / Stop trying to be somebody else / So we can love each other for free” (Espero aprender a superar a mim mesma / Parar de tentar ser outra pessoa / Para que possamos nos amar de graça) resume o desejo de autenticidade e de relações livres de cobranças. O videoclipe, com Adele flutuando em um rio segurando uma taça de vinho, reforça visualmente essa jornada de autoconhecimento e busca por paz interior.