Love Is a Game

Reflexão e vulnerabilidade em "Love Is a Game" de Adele

Em "Love Is a Game", Adele faz uma análise honesta de suas experiências amorosas, destacando a autocrítica e a consciência de padrões autodestrutivos. Isso fica evidente em versos como “What a cruel thing to self-inflict that pain” (Que coisa cruel é se autoimpor essa dor), onde ela reconhece o sofrimento causado por suas próprias escolhas. Em entrevistas, como a concedida a Oprah, Adele explicou que a música reflete sua antiga visão do amor como um jogo de perdas e defesas, marcada pela postura de "você vai me machucar, então vou te machucar primeiro". Essa perspectiva aparece na letra quando ela admite a dificuldade de amadurecer emocionalmente e a tendência de se proteger do sofrimento, mesmo sabendo que isso a impede de se sentir plenamente satisfeita em um relacionamento: “No amount of love can keep me satisfied” (Nenhuma quantidade de amor pode me satisfazer).

A música também aborda o conflito entre o medo de se machucar e o desejo de se entregar novamente. No trecho final, “I can love, I can love again / I love me now like I love him / I'm a fool for that” (Eu posso amar, posso amar de novo / Agora me amo como amo ele / Sou uma tola por isso), Adele expõe sua vulnerabilidade e reconhece que, apesar dos riscos, está disposta a tentar de novo. A produção com influências de jazz e a orquestração grandiosa reforçam o tom melancólico e reflexivo da canção. Ao usar a metáfora do "jogo" para o amor, Adele mostra amadurecimento e aceitação de suas imperfeições, sinalizando esperança de recomeço mesmo diante das incertezas.