To Be Loved

Confissão e sacrifício no amor em “To Be Loved” de Adele

Em “To Be Loved”, Adele expõe sua vulnerabilidade ao admitir erros e limitações, especialmente ao reconhecer que “sempre faço bagunça de tudo” e “tudo que faço é sangrar em outra pessoa”. Essas confissões ganham força quando relacionadas ao contexto de seu divórcio e à difícil tarefa de explicar ao filho as razões da separação. A música mostra que o amor verdadeiro pode exigir sacrifícios profundos, incluindo perdas dolorosas, mas também honestidade consigo mesma e com quem se ama.

A letra destaca o autoconhecimento e a coragem de enfrentar as próprias falhas, como nos versos “está na hora de eu encarar a mim mesma” e “vou ser eu mesma a me segurar desta vez”. O refrão resume o tema central: amar plenamente significa abrir mão de coisas essenciais, pois “amar e ser amada ao máximo significa perder tudo aquilo de que não posso viver sem”. Adele deixa claro que escolheu esse sacrifício para não viver uma mentira, reforçando a sinceridade do processo. O trecho “deixe que saibam que eu tentei” é um pedido de compreensão e reconhecimento do esforço, principalmente para seu filho. A atmosfera minimalista da canção, destacada pela crítica, intensifica a sensação de confissão íntima. A comparação com “Eu Te Amo”, de Chico Buarque e Tom Jobim, sugere influência das baladas confessionais brasileiras, reforçando o tom emotivo e universal da busca por amor e aceitação.