Terral
Adelson Viana
Eu tenho a mão que aperreia, tenho o sol e areia, sou
da América, sul da América, soufh América. Eu sou a nata
do lixo, sou do luxo da aldeia, sou do Ceará
Eu venho das dunas brancas,onde eu queria
ficar,deitando os olhos cançados, por onde a vida
alcançar.Meu céu é pleno de paz, sem chaminés ou
fumaça.No peito engantos mil, na terra é pleno o
abril
Eu tenho a mão que aperreia, tenho o sol e areia, sou
da América, sul da América, soufh América. Eu sou a nata
do lixo, sou do luxo da aldeia, sou do Ceará
Aldeia Aldeota, estou batendo na porta pra lhe
aperriar,
pra lhe aperriar,pra lhe aperriar
Eu sou a
nata do lixo, sou do luxo da aldeia, sou do Ceará.
A praia do Futuro, o Farol Velho e o novo são os olhos do
mar, são os olhos do mar, são os olhos do mar.
O velho que apagado, o novo que espantado vendo a vida espalhou,
luzindo na madrugada, braços corpos suados na
praia fazendo amor.
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