Sonhar Contigo / Sonhei Com Você / Duas Flores / O Relógio / Tão Somente Uma Vez

O amor idealizado e a saudade em “Sonhar Contigo / Sonhei Com Você / Duas Flores / O Relógio / Tão Somente Uma Vez”

No pot-pourri “Sonhar Contigo / Sonhei Com Você / Duas Flores / O Relógio / Tão Somente Uma Vez”, Adilson Ramos une diferentes canções românticas para explorar o amor idealizado e a frustração de quem deseja eternizar momentos felizes a dois. O verso “Por que não paras relógio? / Não me faças padecer” mostra o desejo de parar o tempo para prolongar um instante de paixão, mas também evidencia a dor diante da separação inevitável. As versões de “O Relógio” e “Tão Somente Uma Vez”, com forte influência da música latina, reforçam a dramaticidade e a intensidade emocional, marcas do romantismo de Adilson Ramos.

A simbologia das flores em “Sonhei Demais” — uma branca para o amor sincero e uma lilás para a saudade — traduz visualmente a dualidade entre esperança e perda, sentimentos presentes em toda a sequência. O ato de sonhar, recorrente em versos como “Sonhar contigo, por toda vida” e “Eu ontem, sonhei com você / A noite inteira”, funciona como um refúgio diante da realidade, onde o amor pleno só se realiza nos sonhos. A frustração ao acordar, expressa em “Ai, ai, ai, ai, meu Deus / Porque tive, que acordar / Se a vontade que eu tinha / Era ainda, dormir e sonhar”, reforça o tom nostálgico e a busca por um amor que muitas vezes só existe no universo onírico.

Por fim, “Tão somente uma vez, amei na vida / Tão somente uma vez, e nunca mais” resume a ideia de que o verdadeiro amor é único e insubstituível, e sua perda deixa uma marca profunda. A seleção de músicas, centrada no amor, na saudade e no desejo de eternidade, reflete a essência do repertório de Adilson Ramos, que sempre se conectou com o público por meio dessa abordagem romântica e nostálgica.