Proezas Do Coração

Imagens náuticas e liberdade no amor em “Proezas Do Coração”

Em “Proezas Do Coração”, Agepê utiliza metáforas ligadas ao universo náutico para retratar o amor de forma sensível e criativa. Ao dizer “sou o braço que banha o cais / E você as embarcações, que flutuam no meu sonhar”, o artista se coloca como um porto seguro, enquanto a pessoa amada é representada pelas embarcações livres, navegando em seus sonhos. Essa relação entre cais e embarcação sugere acolhimento, mas também admiração pela liberdade do outro, mostrando um amor que não aprisiona, mas se encanta com a presença e o movimento da pessoa amada.

A letra também revela carinho e desejo, como nos versos “Preciso tanto te ninar num canto / Ser teu acalanto, te agasalhar”, em que Agepê expressa vontade de cuidar e proteger. Expressões como “te fazer modinha, desse meu cantar” e “viciar teu cheiro e teu perfume” reforçam o tom romântico e sensual, típico do artista. Ao afirmar que “o amor é que apronta mais” nas “proezas do coração”, Agepê destaca a intensidade e a imprevisibilidade dos sentimentos, comparando o amor ao mar: cheio de surpresas, ilusões e paixões que movimentam a vida.