Take Me Back To Não-Tempo

Natureza e reconexão em “Take Me Back To Não-Tempo”

A música “Take Me Back To Não-Tempo”, de Airam Capuani, explora o contraste entre a pureza da natureza e a exploração humana. Imagens como “sereia com rabo de mil cores” e “pantera cor de cosmos” representam tanto a beleza quanto a fragilidade do mundo natural diante da curiosidade e da ganância das pessoas. Quando a letra convida a sereia a sair do mar para ser exibida em uma “disneylândia”, há uma crítica clara à transformação do sagrado e do misterioso em mero entretenimento, esvaziando seu significado e tornando-o objeto de consumo.

A canção também expressa uma busca existencial, marcada pela incerteza e pelo desejo de reconexão com algo essencial. No refrão, Airam Capuani canta: “Eu não sei da onde eu vim / Eu não sei pra onde eu vou / Eu não sei mais o que eu sei / Eu não sei mais o que eu sou / Mas eu sei que o Sol é bonito”. Esses versos mostram a confusão e a perda de identidade causadas pela vida moderna, especialmente pelas “coisas que a cidade concretou”. Ainda assim, a música sugere que é possível encontrar sentido e beleza em elementos simples, como o sol. A referência à “mãe terra mastigando um homem sério que morreu pelo dinheiro” reforça a crítica à desconexão com a natureza e à busca desenfreada por riqueza. Ao propor um retorno ao “não-tempo”, a canção defende um estado de inocência, contemplação e respeito pelo mistério do mundo.