CUARTO AZUL

Reconexão e autodescoberta em "CUARTO AZUL" de Aitana

Em "CUARTO AZUL", Aitana expõe sua vulnerabilidade ao expressar o desejo de retornar às suas origens como forma de cura após enfrentar inseguranças e insônia. O verso “Quiero volver donde crecí, por favor” (“Quero voltar para onde cresci, por favor”) conecta-se diretamente ao conceito do álbum, inspirado no quarto de infância da artista, pintado de azul, que simboliza conforto e segurança. Ao dizer “No quiero viajes entre las estrellas / Yo nunca me consideré una de ellas” (“Não quero viagens entre as estrelas / Nunca me considerei uma delas”), Aitana rejeita a idealização do estrelato e revela o peso emocional de sua trajetória, mostrando que não se vê como alguém distante, apesar do sucesso.

A música também aborda a perda de identidade e a busca por reencontro consigo mesma, como em “Mi alma ya no viste de azul cristalino / Quiero volver a ser el quinto elemento” (“Minha alma já não se veste de azul cristalino / Quero voltar a ser o quinto elemento”). O azul cristalino representa a pureza e tranquilidade de sua essência, que ela sente ter perdido. A referência ao avô, “Mi abuelo, desde el cielo, me ha guiado” (“Meu avô, do céu, tem me guiado”), traz um sentimento de saudade e gratidão, mostrando a importância das raízes familiares em seu processo de recuperação. O refrão “Mejor me voy para poder volver” (“É melhor eu ir para poder voltar”) reforça a ideia de que, às vezes, é preciso se afastar para se reencontrar, alinhando-se ao tom introspectivo e sincero da canção e à proposta do álbum de transitar da escuridão para a luz.