3 AM (remix) (part. Sotam)

Empoderamento e superação em “3 AM (remix) (part. Sotam)”

Em “3 AM (remix) (part. Sotam)”, Ajuliacosta e Sotam transformam a música em um diálogo sobre traição, autonomia e empoderamento feminino. A inversão de papéis entre os artistas destaca a resposta direta de Ajuliacosta à narrativa masculina original, trazendo à tona a hipocrisia do parceiro e recusando o papel de vítima. Isso fica claro em versos como “Cê dizia que elas eram minhas inimigas / Mas meu inimigo dormia do lado”, onde a artista expõe a infidelidade e ironiza as tentativas de manipulação do parceiro, mostrando-se acima das intrigas e reafirmando sua força.

A letra adota uma linguagem urbana e objetiva para tratar o conflito, com frases como “Atenção é o caralho, sei que eu não sou fácil / Mas eu não vou ser tirada de otária”, que expressam enfrentamento e autossuficiência. O verso “O que pra ela é banquete, pra mim é migalha” reforça que a protagonista não aceita menos do que merece. A menção à amiga Sara e ao terreiro traz uma dimensão de intuição e proteção espiritual, conectando elementos da cultura popular à narrativa de superação. O refrão “3AM eu tava te ligando / 3AM eu tava te ignorando” marca a mudança de postura: de quem busca explicações para quem decide seguir em frente, simbolizando o rompimento com o ciclo de desrespeito. Assim, a música vai além de retratar a dor da traição, celebrando a força de reescrever a própria história.