Toc Toc Toc

Empoderamento feminino e ruptura em "Toc Toc Toc"

Em "Toc Toc Toc", AJULIACOSTA utiliza a repetição da frase “assim que uma bandida se levanta” para afirmar o poder e o protagonismo feminino dentro do rap. O termo “bandida” não está ligado à criminalidade, mas sim à atitude ousada e autêntica de quem desafia padrões e ocupa espaços tradicionalmente masculinos. Ao dizer “eu vejo o noticiário, é hora de acordar o mundo”, a artista sugere que sua ascensão tem impacto social, chamando atenção para novas narrativas e para a necessidade de mudança.

A música também faz críticas ao cenário musical atual, especialmente à superficialidade de certos discursos. No trecho “O algoritmo do trap me deixa no tédio / Pra ouvir do doença, AJULIACOSTA é remédio”, ela se apresenta como uma alternativa à mesmice, trazendo renovação e autenticidade. A referência ao “novo testamento” em “Acredito que sim, mas esse é o novo testamento” reforça a ideia de ruptura e reinvenção, posicionando sua obra como um marco de transformação. O refrão “toque, toque, toque, a bandida tá na casa” funciona como um alerta: sua presença é disruptiva, muda o ambiente e desafia quem antes a subestimava, como mostra o verso “Sou fruto dos que debochava / Hoje esse puto volta chorando pra casa”. Assim, a canção se consolida como um manifesto de autoconfiança, resiliência e liderança, refletindo a trajetória de AJULIACOSTA no rap nacional.