$$$$$$$ (part. Bk)

Dinheiro, poder e crítica social em “$$$$$$$ (part. Bk)”

Em “$$$$$$$ (part. Bk)”, Akira Presidente e Bk exploram a relação complexa com o dinheiro, usando repetições como “grana”, “dólar”, “euro” e “ouro” para destacar a obsessão contemporânea pela riqueza. Essa escolha de palavras cria um efeito quase hipnótico, ao mesmo tempo em que ironiza a superficialidade da busca incessante por status financeiro. Expressões como “Inshalá” e “Mazel Tov” ampliam o significado da conquista material, mostrando que, além do esforço, fatores como sorte e bênçãos também são reconhecidos e celebrados, trazendo uma dimensão multicultural à narrativa.

A letra alterna entre ostentação e crítica social, mostrando o sucesso financeiro como resultado de visão e trabalho duro, como em “Entrar na loja e nem perguntar o preço” e “visionários, como Disney / No mundo que não é um park, um filme”. Ao mesmo tempo, há um distanciamento de quem se contenta com pouco ou depende dos outros, sugerindo autossuficiência e exclusividade. O verso “Eu não sou cocaína, eu não me misturo / Nem se for pra dar lucro” reforça a ideia de manter princípios mesmo diante de oportunidades tentadoras. Akira Presidente também aborda como o dinheiro influencia relações pessoais e sociais, mas alerta para os perigos do poder financeiro: “Dinheiro mata, dinheiro é mato”. Assim, a música equilibra celebração, crítica e reflexão sobre o verdadeiro valor do sucesso e da riqueza.