Feitiço Cigano

O encontro do amor inesperado em "Feitiço Cigano"

"Feitiço Cigano", de Alberto Kelly, apresenta uma reviravolta interessante ao transformar a cigana, inicialmente vista como uma vidente distante, na própria pessoa amada pelo protagonista. A leitura de mãos, elemento tradicional da cultura cigana, é usada como metáfora para o destino e as incertezas do amor. Isso reforça a ideia de que o futuro afetivo do personagem está traçado, mas ainda reserva surpresas.

A letra acompanha alguém que, após ouvir previsões de desilusões amorosas, percebe que a felicidade estava justamente na cigana que fez a previsão. O verso “Hoje eu senti cigana, que o teu amor me chama, eu serei teu minha querida” mostra esse momento de descoberta. O desfecho sugere que, mesmo diante de dificuldades e frustrações previstas, o verdadeiro amor pode estar mais próximo do que se imagina, até mesmo na figura de quem parecia apenas um guia espiritual. O tom romântico e esperançoso da música se destaca no convite direto: “Vem, vem ser a minha cigana”, indicando que o protagonista aceita o destino e se entrega ao sentimento, transformando o feitiço em uma escolha consciente de amor.