Solidão

A solidão como presença constante em "Solidão" de Alceu Valença

A música "Solidão", de Alceu Valença, explora como a solidão pode ser tanto devastadora quanto uma companhia constante, especialmente quando relacionada ao tempo. No verso “É amiga das horas, prima-irmã do tempo”, Alceu mostra como a solidão se conecta à passagem das horas, sugerindo que, quando se está só, o tempo parece desacelerar e criar um descompasso emocional. Esse sentimento surgiu após um show, quando o artista se sentiu tomado por uma solidão profunda, inspirada pela "solidão dos astros" e da "lua". Esses elementos aparecem na letra e ampliam o sentimento de isolamento, comparando-o à imensidão do universo.

As imagens da "solidão dos astros", "da Lua", "da noite" e "da rua" mostram que a solidão vai além do individual, sendo uma experiência universal, presente tanto nos corpos celestes quanto nos espaços urbanos e noturnos. Ao personificar a solidão como "fera" e afirmar que ela "devora", Alceu transmite a intensidade desse sentimento, capaz de consumir e desestabilizar o coração. A repetição dos versos reforça a ideia de um ciclo contínuo, em que a solidão se renova e permanece, tornando-se parte inseparável da experiência humana, especialmente nos momentos de introspecção e silêncio após grandes acontecimentos.