Cavalo Alado

Liberdade e bravura sertaneja em “Cavalo Alado”

Em “Cavalo Alado”, Alcymar Monteiro utiliza a figura do cavalo alado para simbolizar a liberdade e a força quase mítica do vaqueiro nordestino. A música retrata o vaqueiro como um herói solitário, enfrentando a noite, a tempestade e o cansaço para cumprir sua missão. O refrão “Ê boi” não é apenas marcante, mas faz referência direta ao aboio, canto tradicional dos vaqueiros usado para conduzir o gado, reforçando a conexão da canção com a cultura do sertão nordestino.

A letra destaca a jornada do vaqueiro, que mesmo “cansado, marcado, serrado no seu coração”, segue firme, guiando o gado “pro reino encantado”. Esse “reino encantado” funciona como uma metáfora para um destino idealizado, um lugar de paz ou realização. O trecho “No brilho do raio, do cavalo baio na escuridão / Voando, aboiando cavalo alado” mistura elementos reais e fantásticos, transformando o vaqueiro em uma figura quase lendária diante das adversidades. O surgimento de uma estrela ao final da música sugere esperança e recompensa após o esforço, valorizando o trabalho e a resistência do homem do campo. Assim, a canção celebra a bravura, a tradição e o imaginário do sertão, temas centrais na obra de Alcymar Monteiro.