FIM

Superação e crítica social em "FIM" de Alee

Em "FIM", Alee utiliza a mudança de uma melodia suave para uma batida mais agressiva para ilustrar sua luta interna e externa. Logo no início, ele aborda a dor da perda de pessoas próximas: “Os irmãos se foram e eu grito, amém”, mostrando como a saudade e a necessidade de seguir em frente se misturam em um ambiente hostil. A crítica social aparece de forma direta quando ele afirma: “O estado não quer ver ninguém brilhar”, conectando sua experiência pessoal à realidade de muitos jovens das periferias, que enfrentam falta de apoio e oportunidades.

A música também destaca a superação dos desafios. Alee deixa claro que, apesar das dificuldades e tentações, escolhe perseguir seus sonhos: “Enfrentei meus demônios, me senti no espaço, e eles são rasos, passo a passo vou montar meu castelo”. A referência a Kobe Bryant reforça a ideia de persistência e busca pelo sucesso. O verso “Dentro de um Gol, me olham e falam que é bandido” evidencia o preconceito enfrentado por jovens negros e periféricos, enquanto “Foda-se os playboy, faço essa pros menorzin que tão lá no pico” mostra seu compromisso em inspirar quem vive a mesma realidade. O tom de despedida e preparação para algo maior, presente em “Isso daqui é só o Dias Antes do Caos, o real tá chegando”, indica que a música marca o fim de um ciclo e o início de uma nova fase, guiada pela esperança e pela vontade de transformação.