KING

Realidade e sobrevivência nas ruas em “KING” de Alee

A música “KING” de Alee retrata a tensão constante de quem vive em um ambiente de desconfiança e precisa estar sempre alerta. Logo no início, o verso “Cuidado com as bênçãos, cuidado com as costas” resume o clima de vigilância e sobrevivência das ruas, onde até as oportunidades podem esconder perigos. O trecho “meus maninho tem instinto no Jason” faz referência ao personagem de filmes de terror, conhecido por sua agressividade e instinto de sobrevivência, mostrando que, nesse contexto, é preciso ser duro para não se tornar vítima.

Alee utiliza metáforas e gírias para abordar temas como dinheiro, poder e ostentação. Em “Eu sou gorila igual King, agressivo igual Kong”, ele associa sua postura dominante à figura de King Kong, símbolo de força e respeito. O verso “Lucro aumenta quando eu vendo mais coco” traz um duplo sentido: além de mencionar o tráfico de drogas (“coco” como gíria para cocaína), também fala sobre crescimento financeiro e busca por ascensão. A frase “quem faz dinheiro deitado é puta” critica quem busca facilidades, valorizando o esforço e a luta diária. Ao longo da música, Alee mistura referências culturais, críticas sociais e experiências pessoais, criando um retrato direto da realidade de quem precisa se impor para sobreviver e prosperar.