Hoy no me siento bien (part. Grupo Frontera)

Acolhendo a vulnerabilidade em "Hoy no me siento bien"

"Hoy no me siento bien (part. Grupo Frontera)", de Alejandro Sanz, destaca a importância de aceitar a tristeza como parte natural da vida, sem a necessidade de justificativas ou de um motivo específico. Sanz, que já falou publicamente sobre sua luta contra a depressão, traz essa perspectiva nos versos: “Si me ves llorando, no es que no sea feliz / Tampoco es por amor, a veces uno solo llora porque sí” (“Se você me vê chorando, não é que eu não seja feliz / Também não é por amor, às vezes a gente só chora porque sim”). Ele reforça que sentir-se mal é legítimo e não precisa ser escondido ou explicado.

O refrão, “Sentirse mal también está bien / Porque no hay mal que dure pa' siempre, y menos tú” (“Sentir-se mal também está bem / Porque não há mal que dure para sempre, e menos ainda você”), transmite a ideia de que os momentos difíceis são passageiros e que até mesmo pessoas que causaram dor perdem sua importância com o tempo. A música também aborda a superação de relacionamentos tóxicos, como em “Yo ya sufrí por alguien / Que solo decía mentiras” (“Eu já sofri por alguém / Que só dizia mentiras”) e “¿Cómo te voy a extrañar? Si nunca diste na'” (“Como vou sentir sua falta? Se você nunca deu nada”). O videoclipe, ambientado em uma festa de bairro com situações cotidianas de frustração, reforça visualmente a mensagem de que a vida é feita de altos e baixos. A mistura do estilo poético de Sanz com a cumbia norteña do Grupo Frontera cria um equilíbrio entre melancolia e leveza, convidando o ouvinte a aceitar seus sentimentos sem culpa.