Animals

A relação sincera e terapêutica em "Animals" de Alex G

Em "Animals", Alex G explora a preferência por vínculos simples e autênticos ao centrar a música na relação com sua cadela Rosie. O refrão repetido, “I do animals, not people” (Eu lido com animais, não com pessoas), deixa claro que o narrador encontra nos animais um refúgio emocional, distante das complicações e julgamentos presentes nas relações humanas. A escolha de Rosie como foco revela o desejo de uma companhia previsível e livre de expectativas, algo que o narrador sente falta ao lidar com pessoas.

Trechos como “Rosie is my favorite dog / Bites my hand when I go wrong” (“Rosie é minha cadela favorita / Morde minha mão quando eu erro”) mostram que, mesmo diante de falhas, a resposta do animal é direta e compreensível, diferente das reações humanas, muitas vezes ambíguas ou dolorosas. Em entrevistas, Alex G comenta que vê os animais como figuras de inocência e influência positiva, o que se reflete na letra: “Rosie told me not to cry / Look her in her big brown eyes” (“Rosie me disse para não chorar / Olhe nos grandes olhos castanhos dela”). Aqui, Rosie assume um papel quase terapêutico, ajudando o narrador a lidar com a dor e o isolamento. A repetição de “I get sick when I get stoned / Everything we do, we do it alone” (“Eu passo mal quando fico chapado / Tudo que fazemos, fazemos sozinhos”) reforça o sentimento de solidão e a busca por conforto em algo puro. Assim, "Animals" usa a relação com Rosie como metáfora para a busca de conexões verdadeiras e menos complicadas, destacando a dificuldade de se encaixar no mundo humano.