The Same

Solidão e identidade em "The Same" de Alex G

"The Same", de Alex G, aborda de forma direta o sentimento de inadequação diante das expectativas sociais. Logo no início, versos como “I was a girl / I was the only kid in the world” (“Eu era uma garota / Eu era a única criança no mundo”) mostram uma infância marcada pelo isolamento e pela sensação de ser diferente. A música explora a luta interna entre o desejo de ser aceito e a pressão para se encaixar, evidenciada em “let me do my hair / And put my makeup on, it feels so wrong” (“deixe-me arrumar meu cabelo / E passar maquiagem, isso parece tão errado”). Aqui, o ato de se arrumar não é uma escolha pessoal, mas uma tentativa de atender às expectativas dos outros.

A repetição de “I'm not the same” (“Eu não sou igual”) e frases como “I'm not okay / In fact, I'm sick today, I'm on the floor / It's such a bore” (“Eu não estou bem / Na verdade, estou doente hoje, estou no chão / É tão entediante”) reforçam a melancolia e o cansaço emocional de quem não se sente reconhecido. O trecho “Everybody wants you, yeah / Everybody loves you / Your smile, your teeth, your hair / They don't know you're not there” (“Todo mundo quer você, sim / Todo mundo te ama / Seu sorriso, seus dentes, seu cabelo / Eles não sabem que você não está aí”) destaca a diferença entre a imagem admirada e a verdadeira identidade, muitas vezes invisível. O refrão “Too fast, too slow, too late / You are never gonna make it” (“Rápido demais, devagar demais, tarde demais / Você nunca vai conseguir”) sintetiza a pressão constante e a sensação de nunca ser suficiente. Assim, Alex G constrói um retrato honesto da busca por aceitação e do peso de não corresponder ao que se espera.