Slenderman VS Jeff The Killer

Poder e reputação em “Slenderman VS Jeff The Killer”

Alex Keyblade coloca em confronto dois tipos de poder no folclore creepypasta: a fama viral de Slenderman contra a violência crua de Jeff The Killer. Jeff aposta no choque e no sadismo, com provocações diretas como “voy a matar a Slenderman” (vou matar o Slenderman) e referências a tortura em “corbata colombiana” (gravata colombiana, degola). Ele ridiculariza o rival sem rosto — “no sé cómo lo haces si no tienes ojos” (não sei como você faz isso se não tem olhos) — e ironiza os tentáculos: “cenaré pulpo a la gallega” (vou jantar polvo à galega). No formato clássico de batalha, exibe sua lâmina e até o “link de Gifura” (susto por link) como armas. Slenderman responde com capital cultural e marca: cita o terno “à la Stinson”, joga pôquer mesmo “sem face”, reivindica hegemonia digital — “Protagonicé gameplays en todo YouTube” (protagonizei gameplays em todo o YouTube) / “Yo tengo miles de juegos” (eu tenho milhares de jogos) —, desqualifica o legado do oponente com “gráficos de 8 bits” e chama Jeff de “vulgar asesino” (assassino vulgar), além de acusá‑lo de manipular seguidores, ecoando o mito de cooptar “proxies” e crianças.

As participações reforçam essa dinâmica. Eyeless Jack entra ao lado de Jeff — “rimas más vacías que mis cuencas” (rimas mais vazias que minhas órbitas) / “encapuchado con máscara azul” (encapuzado com máscara azul) —, elevando a ameaça, até ser “anulado” por Slender por quebra de regra, num respiro cômico. A virada final vem com Zalgo e seu léxico canônico — “Él viene” (ele vem), “séptima boca” (sétima boca), outra dimensão —, impondo hierarquia cósmica sobre hype de views ou contagem de vítimas. No fim, Zalgo se proclama vencedor e o recado fica claro: nesse ecossistema de referências e rivalidades, sempre há um monstro maior pronto para tomar o trono.