Em Guerra de Cego (part. Milton Nascimento)
Alexandre Nero
Em terra de prego
Quem tem martelo é rei
Em guerra de cegos
Vendem tesouras
Enterram teu credo
Adubam teu medo
Segue cego o homem de sangue seco
E parafuso solto
Sacando Sks
Sos
Sós
Raios ultra-violentos vem nos torturar
Cólera no verbo que só sabe cortar
Voz de criado-mudo pra silenciar tantos absurdos
Em terra de surdo não pare de cantar
Dai um pouco desse doce nesse mar de sal
Mar de sal, mar de sal
Cloreto de sódio
Sódio, sódio nos afogará
Sódio
Só ódio
Em tempos de fogo, água pra beber
Em tempos de guerra, vento pra dançar
Em tempos fúria, criança pra brincar
Oxalá, assim será
Em tempos de fogo, água pra beber
Em tempos de guerra, vento pra dançar
Em tempos fúria, criança pra brincar
Oxalá, assim será
Em tempos de chaga, amigos pra poder curar
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