Mêlo do Vira Copo

A Celebração da Bebedeira e da Saudade em 'Mêlo do Vira Copo'

A música 'Mêlo do Vira Copo' de Alexandre Peixe é uma celebração da bebedeira e da saudade, com uma abordagem bem-humorada e descontraída. A letra começa com a repetição da palavra 'água', que pode ser interpretada como uma ironia, já que a música fala sobre o consumo excessivo de álcool. O eu lírico admite ter bebido demais, ficando com os 'zoi de carangueijo' e ganhando fama de cachaceiro. Essa expressão popular é usada para descrever alguém que está visivelmente embriagado, com os olhos esbugalhados e vermelhos, como os de um caranguejo.

A repetição do pedido para completar o copo e virar a bebida reforça a ideia de uma festa contínua, onde o consumo de álcool é o centro das atenções. A música também faz uso de expressões regionais e populares, como 'saracu de nazareno' e 'tupiniquin de pinico mole', que adicionam um toque de autenticidade e regionalismo à letra. Essas expressões são típicas do Nordeste brasileiro e ajudam a criar uma atmosfera de festa e descontração.

No entanto, a música não é apenas sobre a bebedeira. Há um momento de introspecção quando o eu lírico menciona que vê o rosto da mulher amada no fundo do copo. Esse trecho revela uma camada mais profunda de saudade e dor emocional, que muitas vezes é mascarada pelo consumo de álcool. A expressão 'sai desgramada!' indica um misto de amor e ressentimento, sugerindo que a bebedeira é uma forma de lidar com a ausência e a dor de um amor perdido. A música termina com um brinde, 'a la riba, a la baro, a la centro, a la dentro', que é uma forma de celebrar a vida, apesar de suas dificuldades e tristezas.