
Morango do Nordeste
Alexandre Pires
Amor, identidade e raridade em “Morango do Nordeste”
A imagem do “morango do Nordeste” funciona como metáfora de raridade: algo improvável que floresce em solo árido. A canção nasceu da inspiração de Walter de Afogados e Fernando Alves numa menina de cabelos vermelhos, o que explica a cor e a ideia de exceção. Quando o narrador se assume “cabra da peste”, ativa orgulho e coragem nordestina; o amor não o deixa frágil, fortalece sua autoestima. A trajetória é simples e clara: ele sai da tristeza ao se encantar pelos olhos dela, encara quem o chama de “sonhador” e devolve com “você só colheu o que plantou” — tanto como fé que o sustentou até encontrar esse amor quanto como recado a quem duvidou. “É somente ela que me satisfaz” coloca essa mulher rara no centro, a “fruta” que vira destino.
As imagens de trabalho e bravura conectam o sentimento ao chão: “colher as batatas da terra” sugere a lida da roça, e “com essa mulher eu vou até pra guerra” traduz compromisso total. O refrão “Ai, é amor” sela o estado de enamoramento sem rodeios. Regravada por Alexandre Pires em versão ao vivo no álbum O Baile do Nêgo Véio Ao Vivo em Jurerê Internacional (2019), a canção — popularizada em 1999 por Lairton e Seus Teclados — circulou por estilos diversos (Karametade, Frank Aguiar) e ganhou versões estrangeiras, como “L’été” (Bernard Lavilliers) e “La Chica del Este” (Grupo Bryndis). O apelo está na combinação de metáfora de raridade com orgulho de identidade regional, que atravessa fronteiras afetivas.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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