Dark Side

Explorando autenticidade e ancestralidade em “Dark Side”

“Dark Side”, de Alexia Evellyn, aborda a aceitação das próprias sombras como fonte de autenticidade e força. A menção a “Gaia” conecta a busca interior à mitologia grega, sugerindo um retorno às origens e à natureza como caminho para integrar todas as partes de si, inclusive aquelas normalmente reprimidas. A alternância entre inglês e português na letra reforça a mistura de influências culturais e a universalidade do tema.

Trechos como “I wanna dance with you to the dark side of your Moon” (Quero dançar com você no lado escuro da sua Lua) e “Dá-me a dor que mora em ti” mostram um convite para explorar não só a luz, mas também as dores e desejos profundos. Referências à Lua cheia e ao “Cio da Terra Prometida” intensificam o tom místico e sensual, evocando rituais de conexão com a terra e o corpo. Segundo declarações da própria Alexia, a música representa um processo de autoconhecimento, onde dançar com o “dark side” é celebrar a totalidade do ser, sem negar emoções difíceis ou a natureza selvagem.

Elementos da cultura brasileira, como ritmos inspirados no Olodum e imagens de festas de rua, trazem energia de celebração e pertencimento, transformando a introspecção em um ato coletivo. Assim, “Dark Side” propõe uma narrativa de reconciliação e empoderamento, onde vulnerabilidade e ancestralidade se tornam fontes de força e liberdade.