
Café de Camareiras
Alfredo Marceneiro
Vou fazer a descrição
Dum café de camareiras
No bairro da Mouraria
Lembrar tempos que lá vão
De fidalgos de rameiras
E cenas de valentia
Os rufias são actores
No teatro da ralé
Por isso ninguém se ilude
Nós somos espectadores
E o teatro é o café
Do cantinho da saúde
É bom que ninguém se afoite
Vão se dar cenas canalhas
Nesses actos de má fé
Deram dez horas da noite
Entrou a rusga às navalhas
Pelas portas do café
Rufias falam calão
E uma camareira esperta
Chegou-se com ligeireza
À mesa de um rufião
E tirando a navalha aberta
Que ele espetara na mesa
Depois da rusga abalar
Entraram muitas rameiras
E há movimento, alegria
E há fadistas a cantar
Várias cenas desordeiras
E era assim a Mouraria



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