Gospel
Alibi
Religião e vício em "Gospel": crítica social e autodestruição
A música "Gospel", do Alibi, faz uma releitura provocativa de símbolos religiosos para abordar a dependência química e a marginalização. Logo no início, a letra subverte o versículo bíblico "O Senhor é o meu pastor e nada me faltará" ao relacioná-lo ao vício, evidenciando como a fé pode ser distorcida diante do desespero. O pedido "Dê-me a droga, meu Deus" escancara essa inversão, mostrando que, para quem está à margem, a busca por alívio pode se transformar em autodestruição. O tom direto e confessional da música, repleto de arrependimentos, reforça a sensação de queda e abandono, enquanto a ironia revela a perda de valores e a troca de papéis: Deus, que deveria ser fonte de salvação, é invocado como fornecedor da perdição.
A letra também faz críticas sociais contundentes, como em "Vende até pra crianças, puta que pariu, é foda", denunciando a banalização do tráfico e a falta de controle sobre o avanço do crime. O personagem central reconhece seus próprios crimes e pecados, como matar, roubar e explorar, e admite o preço dessas escolhas: "Hoje meu mestre me cobra demais". Referências ao "inferno" e ao "DJ Satanás" reforçam a ideia de que o vício é um ciclo de autodestruição, onde a ilusão de prazer se transforma em condenação e solidão. Ao misturar elementos religiosos, linguagem de rua e relatos de violência, "Gospel" constrói uma narrativa de denúncia e autocrítica, expondo a fragilidade humana diante das tentações e a hipocrisia social, sem romantizar a marginalidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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