Apneia
Alívio
Sem aviso, estilhaça em ar
Não deixa nem memória
Vez em quando tenta adivinhar
O que diria a história dela?
Cacos de vida, alguém correndo
E tropeçou
Agora
Tá feita a merda
E freud ri de quem sobrou.
Em apnéia, a alma afoita atrai
Um corpo sem humano.
Sabe, é impossível respirar
Enquanto o tempo faz seus planos...
Se o mundo é lar, eu sou sem-teto
Órfão e pai
Há anos
Que ainda tenta lembrar
O que aconteceu
Escafandros deitam ao redor
(Do sol, do fim)
Embalando o sono de quem vem
(Ainda por aí)
Submersos, tratam de se agarrar
Nas pernas de quem nada livre
Nada é livre
Nada é livre
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