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Minha Gaitinha

Alma musiqueira

Minha gaitinha lustrada com querosena
É o espelho das morenas nos bailongos do meu chão
Se retorcendo feito cobra mal matada
Numa chamarra aporreada de fazer afrouxar os garrão

No roça umbigo que até cocho se emparelha
Gaita e violão de cravelha não há mais crioulo par
De goela aberta como nanica assustada
Arrebanhando a pintalhada que um gavião vive a rondar

Finco-lhe os dedos como se fossem esporas
Mas como gaita não chora parece até gargalhar
Eu sem recurso e ela sobrando talento
Faz notas do próprio vento querendo me encabular

Fole encarnado como olho mal dormido
De algum peão adormecido que atrasou pro labutar
Mel de Irapuã adoçando minhas penas
Que brotam das cantilenas desse meu xucro cantar

Minha gaitinha parceira de galponeadas
Encurtando as madrugadas de uma ronda sem luar
Até me lembra a mamangava impertinente
Que nos cochilos da gente não sossega de florear

Essa gaitinha que se espicha e que se encolhe
Em cada verga do fole guarda terra do meu chão
É alma viva do anguera retocando
No chão batido bailando com a gaitinha de botão

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Composição: Gilson Aguiar / Jari Terres. Essa informação está errada? Nos avise.

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