
Tristeza do Jeca
Almir Sater
A melancolia rural e a saudade em “Tristeza do Jeca”
Em “Tristeza do Jeca”, Almir Sater resgata a figura do homem do campo brasileiro, associando o personagem “Jeca” ao icônico Jeca Tatu, criado por Monteiro Lobato. A música vai além do sofrimento individual, representando a tristeza coletiva do sertanejo, marcada pela simplicidade e pelas dificuldades da vida rural. O uso do linguajar caipira e imagens como “ranchinho beira-chão / todo cheio de buraco / onde a Lua faz clarão” reforçam a autenticidade do ambiente e evidenciam a precariedade do cotidiano no sertão, ao mesmo tempo em que despertam nostalgia e um forte sentimento de pertencimento à terra.
A canção utiliza a metáfora do sabiá – “quando canta é só tristeza / desde o galho onde ele está” – para conectar o sentimento do sertanejo ao canto melancólico do pássaro, mostrando que a tristeza faz parte da vida, mas também serve como forma de resistência e expressão. A viola, instrumento central na música, aparece como meio de desabafo: “nesta viola eu canto e gemo de verdade / cada toada representa uma saudade”. Essa saudade não se limita a pessoas, mas abrange um modo de vida, um tempo e um lugar que estão desaparecendo, como ilustrado em “o choro que vem caindo / devagar vai-se sumindo / como as águas vão pro mar”. Assim, a música transforma a dor em arte, tornando-se um símbolo da cultura sertaneja e da resiliência diante das adversidades.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Almir Sater e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: