Sete Chaves

Segredos e Amores Guardados: A Profundidade de 'Sete Chaves' de Almir Sater

A música 'Sete Chaves' de Almir Sater é uma reflexão profunda sobre um amor guardado em segredo, que, apesar de todos os esforços para ser ocultado, acaba sendo revelado. A expressão 'sete chaves' remete à ideia de algo extremamente protegido e escondido, indicando a intensidade e a importância desse sentimento para o eu lírico. O amor, plantado no fundo do peito, é descrito como um 'crime perfeito', sugerindo que, embora tenha sido mantido em segredo, ele sempre esteve presente e influente na vida do narrador.

A letra também aborda a passagem do tempo e a dificuldade de esquecer um amor tão marcante. O eu lírico menciona 'dez calendários rasgados', simbolizando dez anos que se passaram desde os 'beijos roubados'. Essa metáfora do tempo rasgado indica que, apesar dos anos, o sentimento permanece intacto e a tentativa de esquecer foi em vão. A repetição da tentativa de esconder e esquecer o amor, sem sucesso, reforça a ideia de que certos sentimentos são impossíveis de serem apagados ou ignorados.

Além disso, a música toca na questão do arrependimento e do preço a ser pago por remexer no passado. O eu lírico reconhece que não tem o direito de revisitar esses momentos, mas admite que já pagou o preço por isso, talvez em forma de sofrimento ou saudade. A imagem do 'Sol da manhã ao nascer' encontrando a pessoa amada ao lado do narrador sugere um desejo de reviver esses momentos, mesmo sabendo que são parte de um passado que não pode ser mudado. 'Sete Chaves' é, portanto, uma canção que explora a complexidade dos sentimentos humanos, a luta contra o tempo e a inevitabilidade de certos amores em nossas vidas.