Zouk da Naza

Cotidiano e devoção amazônica em “Zouk da Naza”

“Zouk da Naza”, de Almirzinho Gabriel, apresenta Nossa Senhora de Nazaré de maneira próxima e acessível, como se fosse uma vizinha que faz parte do dia a dia do povo paraense. Inspirado pela convivência com a Basílica de Nazaré, o artista retrata a santa em situações cotidianas, como “se acocorou pra beber água” e “assou peixe, fez avoado, tirou açaí”. Essa abordagem aproxima o sagrado da rotina amazônica, mostrando que a fé está integrada à vida comum e às tradições locais.

A letra destaca a fusão entre o religioso e o cultural, ao mostrar Nazaré não só como padroeira, mas como alguém que “fez uma casinha, arrumou cozinha e quintal”, participando ativamente da construção e do cuidado junto ao povo. O pedido “Mãezinha me ajuda a cuidar” revela a relação de confiança e carinho dos paraenses com sua santa protetora. Ao citar elementos típicos da região, como o peixe assado, o avoado e o açaí, a música reforça a identidade amazônica e o papel de Nazaré como símbolo de proteção e pertencimento para a comunidade.