My Champion

Força e mentoria em “My Champion”, da Alter Bridge

Em “My Champion”, a voz que orienta o eu lírico é a soma dos pais, treinadores e professores que marcaram a infância de Myles Kennedy. Por ter sido uma criança pequena e subdesenvolvida, ele converte essas lembranças em um mentor permanente que o acompanha mesmo “when I am gone” (quando eu me for), deixando uma “victory song” (canção de vitória) para os momentos de queda. Por isso, versos como “A gift to bring you clarity” (um presente para trazer clareza) e “your destiny is not defined by what you’ve failed to see” (seu destino não é definido pelo que você deixou de enxergar) soam como conselhos que ele ouviu ao tentar acompanhar os colegas — agora dirigidos ao ouvinte. O “my champion” pode ser você, o Myles garoto ou qualquer um em desvantagem; o título funciona como um chamado de confiança de quem acredita em você.

A canção adota o tom de um discurso firme e acolhedor. Reconhece a dor — “You’ve lost so many times it hurts” (você perdeu tantas vezes que dói) —, transforma tropeços em aprendizado — “failures made are lessons learned” (os fracassos se tornam lições aprendidas) — e descreve o ciclo de queda e retomada — “Sometimes you fall before you rise” (às vezes você cai antes de se levantar). A voz procura erguer quem ouve — “May this lift you up/ Hope these words are enough for you to be strong, my friend” (Que isso te levante/ Espero que estas palavras sejam suficientes para você ser forte, meu amigo) —, sem esconder os obstáculos: “The world’s gonna try and knock you out” (o mundo vai tentar te derrubar). A resposta é coragem e persistência: “Don’t ever run away” (nunca fuja) e “pick yourself up/ get back up again” (levante-se/ volte a se erguer). A mensagem central: resistência diária, apoio concreto e evolução contínua, um passo por vez.