O Vagabundo

Liberdade e amor acima de tudo em “O Vagabundo”

A música “O Vagabundo”, interpretada por Altemar Dutra, destaca-se por questionar a importância das origens e do destino, colocando o amor como prioridade máxima. O trecho repetido “Que importa saber quem sou / Nem de onde venho, nem pra onde vou” mostra um desapego consciente das convenções sociais e da necessidade de explicações sobre o passado ou o futuro. O foco da canção está no desejo pelo amor da “morena”, apresentada como fonte de vida e calor, reforçando a ideia de que o afeto é o que realmente importa diante das incertezas da existência.

A figura do “vagabundo” é central e carrega múltiplos sentidos. Ao ser chamado assim, o narrador não demonstra vergonha, mas sim abraça essa condição como uma escolha de liberdade, comparando-se ao mundo que “vai girando no céu azul”. Essa imagem sugere que viver sem rumo fixo é algo natural e universal, e que o movimento errante faz parte tanto da vida humana quanto do planeta. O contexto histórico da música, composta por Victor Simón e admirada até por figuras como Che Guevara, reforça o tom de contestação e liberdade, mostrando que o verdadeiro valor está em viver intensamente o presente e buscar o amor, sem se prender a julgamentos ou expectativas externas.