Gente Humilde
Altemar Dutra
Tem certos dias
Em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Feito um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente
Sem nem ter com quem contar
*** são casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito
De eu não ter como lutar
(e eu que não creio
(peço a deus por minha gente
(é gente humilde que vontade de chorar
(repete no final)
Solo (volta em ***)
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