Somos Iguais

Vulnerabilidade e saudade em "Somos Iguais" de Altemar Dutra

A música "Somos Iguais", interpretada por Altemar Dutra, aborda a persistência do amor mesmo após o fim de um relacionamento. A letra revela que, apesar do tempo e da distância, tanto o narrador quanto a pessoa amada continuam presos ao passado. Isso fica evidente no verso: “Você e eu somos iguais / Não mudamos jamais”, que mostra como ambos compartilham a mesma dificuldade de superar a separação, mesmo que tentem disfarçar com orgulho ou indiferença.

O bolero, gênero conhecido por sua intensidade emocional, reforça o tom nostálgico e melancólico da canção. Composição de Evaldo Gouveia e Jair Amorim, a música traz frases como “Eu sou o mesmo que você deixou / Eu vivo aqui onde você viveu”, expressando a ideia de que o sentimento permanece vivo, mesmo sem reciprocidade. O questionamento repetido em “Por que viver a me humilhar assim? / Por que matar esta ilusão em mim?” destaca o conflito interno entre o desejo de seguir em frente e a dificuldade de abandonar a esperança. O sucesso da canção e sua influência em espetáculos posteriores mostram como esse sentimento de igualdade na dor e na saudade é algo universal, capaz de tocar diferentes gerações.