Sorte Ou Azar (part. DAY)

Entre a Sorte e o Azar: A Dualidade do Amor em 'Sorte Ou Azar'

A música 'Sorte Ou Azar' de ALVA, com participação de DAY, explora a complexidade das relações amorosas, especialmente aquelas marcadas por incertezas e sentimentos contraditórios. A letra revela um eu lírico que se sente preso em um ciclo de tédio e dependência emocional, onde a presença e a ausência do outro causam um impacto profundo. A expressão 'vivendo pra morrer de tédio' sugere uma vida sem propósito, onde os remédios são uma forma de escapar da monotonia e da dor emocional.

A repetição dos versos 'Sorte ou azar, você me julga, pra piorar, você só quer me torturar, cê sabe que não vai me amar' enfatiza a dualidade entre sorte e azar no contexto do relacionamento. O eu lírico se sente julgado e torturado, ciente de que o amor verdadeiro não está presente. Essa percepção é reforçada pela linha 'Eu já não honro o meu próprio nome', indicando uma perda de identidade e autoestima devido à relação tóxica.

A música também aborda a ideia de ilusão e desilusão, como visto nos versos 'Ya no creo que ères malo, uma farsa, no te invito y no te paro'. Aqui, o eu lírico reconhece a falsidade do parceiro, mas ainda assim, não consegue se afastar completamente. A presença de elementos como o vinho barato e a sensação de nunca estar realmente presente ('Eu nunca estive aqui, de fato') adiciona uma camada de escapismo e negação à narrativa. Em suma, 'Sorte Ou Azar' é uma reflexão sobre os altos e baixos de um relacionamento conturbado, onde a linha entre amor e sofrimento é tênue e muitas vezes indistinguível.