Cada una de tus cosas

Explorando o Amor e a Eternidade em 'Cada una de tus cosas' de Andrés Calamaro

A música 'Cada una de tus cosas', interpretada por Andrés Calamaro, é uma expressão lírica que mergulha nas profundezas do amor e da conexão humana. A letra começa com o narrador descrevendo a si mesmo escrevendo uma canção enquanto espera por alguém, o que imediatamente estabelece um cenário de expectativa e emoção. A referência ao 'pechito inquieto y alegre' e ao 'andar de no ser de acá' sugere uma sensação de deslocamento ou estranheza, talvez indicando que o narrador se sente fora de seu elemento habitual, intensificado pela presença da pessoa amada.

A canção utiliza metáforas visuais fortes, como 'una rosa de Hiroshima', para evocar a beleza frágil e ao mesmo tempo a potencial destruição que o amor pode acarretar. Esta imagem poderosa contrasta com a leveza da 'rumba', um estilo musical que pode ser alegre e festivo, mas aqui é apresentado com uma nuance de incerteza ('La rumba se ríe, no sabe si es rumba'). Isso reflete a complexidade dos sentimentos que o narrador tem, oscilando entre a alegria e a profundidade emocional.

O refrão, que repete 'En el cielo, en el suelo, en cada una de tus cosas', amplifica a ideia de que o amor permeia todos os aspectos da existência, tanto no metafórico céu quanto no terra-a-terra. A repetição dessa frase sugere uma omnipresença do ser amado na vida do narrador, destacando a natureza abrangente e eterna do amor que ele sente, que transcende o tempo e o espaço, tornando cada momento uma eternidade.