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Cacimba e Vertente

Ângelo Franco

Letra

    A cacimba e a vertente muito embora parecidas
    Na sede que todos sentem na água em goles bebidas
    Podem ser tão diferentes como remando e a corrente
    Bem como a morte e a vida

    Há homens que são cacimba
    Não mais que almas cansadas
    Alheia as visões refletidas
    Em suas águas paradas

    Em cima passando a vida
    Embaixo rota contida
    Silêncio, sombra e mais nada

    No entanto nada encerra
    O que nasceu pra vertente
    Tal se a seiva da terra
    Voltasse sangue na gente

    Quem é terrunho em sumo
    Jamais desvia seu rumo
    Por ver atalhos a frente

    Compondo seu pergaminho
    Pela andarilha vivência
    Segue cruzando sozilnho
    Reafirmando a existência
    Um manancial de caminhos
    Daqueles que aos pouquinhos
    Sorvem pureza e essência

    Há tanto sonho guardado
    Rio convertido em fosso
    Homens de olhos calados
    Embora ainda tão moços

    Caudais em vão represados
    Que sem um rumo traçado
    Trazem silêncio de poço

    Composição: João Bosco Ayala e Everson Maré / Martin César Gonçalves e Fabrício. Essa informação está errada? Nos avise.

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