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Tributo a Uma Voz Antiga

Ângelo Franco

Letra

    O porte é de gente antiga
    A voz, mais antiga ainda
    De quem traz no entono a cantiga
    Da pampa ancestral e infinda

    Pura estirpe desses homens
    Que têm o chão na garganta
    Doutros tempos, doutros nomes
    Já centenários na estampa

    Nessas vozes reconheço
    O linguajar da minha gente
    Legado que não tem preço
    Rios de uma mesma vertente

    Nessas vozes vai meu povo
    Gentes de lenço e de lança
    Trazendo o antigo pra o novo
    Vencendo tempo e distância

    E olha o tempo que dispara
    Numa carreira tão louca
    Levando o Aureliano
    O Darci, o Rillo e o Dimas
    O Luis Menezes
    O Marco Aurélio Campos
    O grande Boca
    E até o mestre Jayme
    Senhor de todas as rimas
    E do atavismo que nos prende
    Unifica e nos governa
    E que nos faz ver que a poesia
    A poesia será eterna
    Mas que a vida
    La maula, a vida é pouca

    Na fala, o acento campeiro
    De uma era sem alambrados
    De fortins, mangrulhos fronteiros
    De mapas mal desenhados

    Em ti vejo o mundo velho
    Lume clareando o escuro
    Sanga antiga em que me espelho
    Pra ir campear meu futuro

    Composição: Alessandro Gonçalves / Martim César Gonçalves / Paulo Timm. Essa informação está errada? Nos avise.

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